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KIT CRIO 2023 | EXPERIÊNCIAS

Foto do escritor: Crio CafeCrio Cafe

Atualizado: 19 de dez. de 2022

O que move o ser humano? O que nos eleva e nos diferencia? É claro que existem muitas respostas para essas perguntas filosóficas. Mas, arriscamos dizer que, sem a busca incessante por experimentações e testes, nós não teríamos tantas boas surpresas ao longo da história.


Por isso, uma das essências do Crio é: teste, teste, teste e, mais uma vez, teste. Não existem verdades absolutas no mundo do café. Se você já leu ou ouviu que existem, desconfie! A seguir, você confere seis experiências que preparamos para os cafés que estão no Kit Crio 2023. O importante é deixar claro que nem mesmo as experiências abaixo buscam mostrar verdades universais. Outro ponto fundamental das experiências sugeridas é que elas são um ponto de partida para continuarmos a desenvolver o nosso sensorial.



SETUP | ARRUMANDO A CASA


Antes de começar cada experiência, é fundamental preparar os materiais que utilizaremos. Com tudo isso organizado, ganharemos tempo. Portanto, já deixa os seus métodos preferidos separadinhos, assim como balança, moedor, copos, jarra etc. Sugerimos que você use dois equipamentos de extração iguais para otimizar. Caso tenha apenas um, é indicado que faça a extração na sequência, com o máximo de brevidade possível.


O nosso setup:

  • Método: preferência por V60 ou Melitta

  • Filtro: filtro de papel (escaldar)

  • Quantidade de café: 17g (moagem média, click 20 no Timemore C2)

  • Quantidade de água: 220g (jogando de uma vez só)

  • Tempo de Extração desejável: 1min30s a 2min30s (tempo em que a água passa pelo café até terminar)


Observações importantes:

- Kit Cápsulas: Se você recebeu o Kit Crio em cápsulas, faça extrações no padrão Crio. Use o botão do longo e interrompa assim que atingir 25 a 30ml de bebida na xícara. Para mais dicas sobre extração das nossas cápsulas, confira aqui.


- Kit Cafés Moídos: siga as mesmas instruções do Kit Cafés Grãos, apenas pule a etapa da moagem (já deixamos as moagens no padrão correto).



#1 FERMENTAÇÃO | Frutado & Calda de Morango

Mesmo produtor, métodos de fermentação diferentes.

Apesar de o café não ser obrigatoriamente fermentado, como o cacau, tem sido mais comum encontrar cafés que foram induzidos à fermentação. Antigamente, era sinônimo de café de baixa qualidade, por outro lado, hoje, diversos produtores e especialistas em pós-colheita estão buscando reverter essa fama e produzir cafés com sensoriais completamente novos e distintos.


Será que o método de fermentação pode influenciar muito no resultado final? Para nós, com certeza! Assim como a torra, o beneficiamento é a etapa mais determinante para definir como será o sensorial de um café especial. E, claro, fermentar o fruto pode trazer novas camadas de sabores, por meio da criação de novos compostos aromáticos durante a fermentação.




#2 PENEIRA | Doce de Leite & Torta de Limão

Mesmo produtor, diferentes padrões de tamanho dos grãos.

Após a secagem e o descanso, os grãos podem passar por diversos equipamentos que buscam classificar e separar os defeituosos dos de qualidade. Para melhorar o resultado da torrefação, uma das etapas importantes é a separação por tamanho, assim, fica mais fácil uma padronização de comportamento do grão durante a torra.


Café graúdo não é garantia de ser bom, assim como grão pequeno não é sinônimo de baixa qualidade. No entanto, geralmente, os cafés de peneira alta (17+) costumam ser lotes com menos grãos defeituosos, pois naturalmente já são separados os grãos quebrados, pequenos galhos etc.


Os dois lotes do teste são provenientes de colheita seletiva, ou seja, a etapa de separar os defeitos é feita ainda no pé. Bem feita a seleção, o grão terá muita qualidade, não importando seu tamanho. Por conta das características físicas dos grãos, escolhemos utilizar os menores (mocas) para uma torra mais desenvolvida, enquanto utilizaremos os de peneira alta para torra mais clara. Assim, valorizamos da melhor forma cada grão e seu potencial!




#3 VARIEDADE | Castanha & Equilibrado

Mesmo perfil de torra, variedades diferentes.

Mesmo passando por diversos processos após sua colheita, será que é possível reconhecer a variedade só pelo paladar?


Muitos clientes nos procuram dizendo que amam Bourbon, mas que não gostam de Mundo Novo, por exemplo. Diferentemente do que a maioria pensa, a variedade não costuma interferir no paladar da bebida. A sua maior influência costuma acontecer no campo: no tempo entre florada e colheita, no tamanho de arbusto, na produtividade, etc.


Corroborando o nosso lema de que não há verdades absolutas no café, existem algumas exceções, como no caso do geisha.



#4 TORRA | Delicado & Intenso

Mesmo produtor, mesma variedade, mesmo lote, torras diferentes.

Será que conseguimos perceber o quanto a torra influencia no resultado final do café? Para nós, o ponto-chave, após ter café de qualidade na mão, é explorar a torra. É onde toda magia acontece! Processos químicos e físicos interagindo numa velocidade sobre-humana. Um segundo de desatenção e o café pode mudar completamente de destino sensorial. Até se o dia estiver mais chuvoso a torra acontece de um jeito diferente, criando às vezes um lote único, irreplicável.


Se você nunca torrou seu próprio café, recomendamos comprar um punhado de grão cru, pesquisar um pouco no Youtube e em fóruns, e, por último, experimentar na sua pipoqueira e até mesmo numa frigideira.


Nesta experiência, mostramos como o mesmo grão, se torrado de maneira distinta, muda completamente seu aspecto visual e seu recorte sensorial.




#5 TERROIR | Favo de Mel & Azedinha

Mesmo perfil de torra, produzidos em regiões diferentes.

Muito se fala em terroir, mas será que mesmo uma pessoa com paladar treinado conseguiria distinguir a região de origem do café?


Apesar de a localidade afetar todo o cultivo, a produção do café vai além de simplesmente escolher uma variedade, plantar e colher. E, como mencionamos, o beneficiamento é ponto chave para o produtor alcançar resultados interessantes. Antes do advento da tecnologia e da comunicação, outro fator determinante para o terroir era a troca de informações entre os produtores vizinhos. Assim, eles tinham um padrão semelhante de práticas, reforçando o conceito de terroir.


Hoje em dia, essa barreira foi quebrada e muitos produtores de regiões (e até países) diferentes conseguem interagir pela internet e, em alguns casos, por visita técnica e encontros.



#6 PROCESAMENTO | Caramelo & Chocolate

Mesmo produtor, frutos sendo secos de formas diferentes.

Desde o método mais tradicional, o Natural, até os lavados e fermentados, cada processamento interfere em como o sensorial do café vai se desenhar durante o beneficiamento.


Neste experimento que preparamos, vamos comparar o Cereja Descascado (CD) com o Honey. No CD, o fruto passa pelo lavador, onde os defeituosos são separados por densidade. A próxima etapa é o descascamento mecânico. Uma regulagem precisa garante a separação dos cafés com muita qualidade dos defeituosos. Além disso, a secagem costuma ser mais rápida e homogênea, garantindo bom padrão e cafés mais corretos e menos complexos. Utilizamos esses grãos na nossa linha Clássicos.


Os honeys também passam pelo lavador, porém, na hora de descascar, mais da sua polpa se mantém. Isso, por sua vez, implica em novas nuances durante a secagem e obviamente no sabor final.




CURTIU?!

Não pense que acabou por aqui. Fizemos apenas seis experiências. Cada latinha tem 51 gramas de café ou três cápsulas. Ou seja, você pode fazer, pelo menos, mais duas experiências. Vale repetir as que curtiu, fazer novos experimentos com métodos diferentes, mudar proporções. Enfim, chame a galera e faça mais e mais testes! O importante é testar e ser feliz!



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